A decisão do Brasil de se abster na votação de uma resolução do Conselho Permanente da OEA (Organização dos Estados Americanos) com cobranças à Venezuela, discutida na quarta-feira (31), levou em consideração eventuais danos ou ruptura que poderiam ser causados na interlocução entre Brasília e Caracas. A preservação de um canal de diálogo foi fundamental para que o Brasil assumisse a custódia da Embaixada da Argentina na capital venezuelana. Nesta quinta-feira (1o), o presidente Javier Milei, desafeto de Lula (PT), fez um agradecimento público à atuação brasileira. A abstenção, em si, não foi crucial para a obtenção da custódia da chancelaria, mas funcionou como uma espécie de precaução ou “redução de danos”. Outros países que também tiveram suas representações diplomáticas expulsas por Maduro ou que não dialogam com o regime estão em contato com o Itamaraty. A discussão em torno da resolução se estendeu ao longo de toda a quarta-feira e envolveu diplomatas brasileiros estabelecidos em Washington, onde fica a sede da OEA, e em Brasília. O texto foi derrotado depois de obter apenas 17 dos 18 votos necessários para sua aprovação. Fonte: Clique aqui
-2 de agosto de 2024