Sou um sentimental. Mas é difícil não ficar comovido quando vemos estes homens, beirando os cem anos, retornando às praias da França. Falo dos veteranos da Segunda Guerra Mundial que, 80 anos atrás, em junho de 1944, desembarcaram na Normandia para libertarem a Europa da tirania nazista. Escuto os discursos. Escuto os testemunhos. E depois pergunto se as sociedades de hoje estariam disponíveis para um sacrifício dessa magnitude. A pergunta é absurda. A pergunta não é absurda. É absurda porque, em tempos de guerra, não se limpam armas. Dois anos atrás, os ucranianos, ou a maioria deles, talvez respondessem que não estariam dispostos a lutar pelo país em caso de invasão inimiga. Mas depois a realidade chegou e a teoria foi reduzida a pó. Como afirmava um soldado ucraniano em documentário televisivo recente, ele não estava lutando pela Ucrânia (uma abstração). Ele lutava para proteger a família, os amigos e os vizinhos das predações russas. A pergunta não é absurda porque, na Europa ocidental, a disponibilidade das populações para qualquer guerra defensiva é mais baixa que a média. Fonte: Clique aqui
-2 de agosto de 2024