Por vias tortuosas e um opaco senso de propósito, o diretor Ti West fez de X e Pearl um díptico de violência gratuita em 2022, negociada a baixo custo nas brechas de dois gêneros que são “baratos” por sí só – respectivamente, o terror rural e o melodrama sulista. Não há transgressão que se vislumbre nesse escape da violência se ela se nivela, em facilidade e imediatismo, ao sexo encenado no celeiro ou às emoções delirantes da jovem Pearl – o que esses dois filmes oferecem, em última instância, é uma violência desperdiçada. No caso de MaXXXine, pelo menos em teoria, a violência parece melhor contextualizada para além da provocação de iconoclastia. Estamos nos anos 1980, afinal, e a montagem jornalística no início do filme explica por que os EUA atravessam um período de medo, desconfiança e cinismo. Fonte: Clique aqui
-2 de agosto de 2024