O resultado da eleição legislativa da França depende das alianças que se formaram ou ainda vão se formar até o segundo turno, no domingo. Isto é, depende em boa parte da soma dos votos dos eleitores que não querem o partido Reunião Nacional (RN) no poder: do “voto útil”. A frente contra a ultradireita se recuperou nos últimos dias, apesar de bem mais fraca do que em eleições realizadas de 2002 a 2022. Em tese, voltam a diminuir as chances de que o RN, de Marine Le Pen, consiga maioria absoluta na Assembleia, ainda que seja o partido maior. Pelas últimas projeções, a soma dos eleitos pela esquerda e pelo centro macronista poderia até ser majoritária. Há quem sugira, assim, uma aliança precária, mas bastante para aprovar um ou outro projeto e evitar crise maior, pelo menos até a convocação de outra eleição, possível apenas daqui a um ano. Jamais houve coalizão de ideologia mista na Quinta República (desde 1958). O presidente Emmanuel Macron detesta o França Insubmissa (LFI), partido maior da aliança de esquerda. O LFI tem dito que apenas entrará em governo de coalizão que siga o seu programa. Hum. Fonte: Clique aqui
-2 de agosto de 2024