A diplomacia brasileira manifestou ao Panamá preocupação com o que descreveu como uma situação precária dos imigrantes que cruzam a selva de Darién, território inóspito entre o país e a Colômbia que se converteu em rota terrestre rumo aos EUA. O recado foi transmitido em reunião da secretária-geral do Itamaraty, a embaixadora Maria Laura da Rocha, com o embaixador panamenho, Javier Martinez-Acha, às margens de um encontro da OEA, a Organização dos Estados Americanos, na última semana em Assunção. Não era um tema inicialmente na agenda, mas falas do novo presidente panamenho, José Raúl Mulino, um conservador que promete colocar em prática uma política que coíba a migração, chamaram a atenção de Brasília e fizeram o tema ser pautado no encontro. O linha-dura ex-ministro da Segurança, que comandou as ações de expulsão das Farc de Darién nos anos 2010, foi empossado nesta segunda-feira (1o). E, sem surpresas, em seu primeiro discurso ele mencionou o tema da migração em Darién afirmando que vai coibí-la. “Não permitirei que o Panamá seja um caminho aberto para pessoas que entram ilegalmente em nosso país”, afirmou Mulino. Fonte: Clique aqui
-2 de agosto de 2024