Não muito longe da rua Vilakazi, onde a casa em que Nelson Mandela morou foi transformada em um museu-santuário, Kenneth Khoza está fazendo campanha para o Lança da Nação (MK, na sigla em zulu), um novo partido político nomeado em homenagem ao antigo braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA, o partido do próprio Mandela). “Mandela era falso”, ele diz. “Ele nos traiu.” Chris Lebona, que nasceu e cresceu na agora famosa rua em Soweto, é um apoiador do MK. Ele culpa Mandela por persuadir o CNA, na época o principal movimento de libertação, a suspender a luta armada em 1990 antes da conclusão de um acordo pós-apartheid para acabar com o governo de minoria branca. “O CNA não é um homem só, e ele começou a negociar fora das estruturas do partido”, diz Lebona, referindo-se às negociações secretas que Mandela realizou inicialmente com o então presidente FW de Klerk quando ainda era prisioneiro. “Fomos enganados”, acrescenta, refletindo uma visão comum de que a maioria negra foi prejudicada pelos termos da transição. Fonte: Clique aqui
-2 de agosto de 2024